sexta-feira, 21 de março de 2014

Atenção estudantes com reprova em disciplinas AVA




COMUNICADO

Pontos de atenção:

RDR_AVA foi reestruturado e a partir de agora, o aluno contará com a orientação do tutor e deverá realizar, além dos questionários, uma Atividade de Autodesenvolvimento que deverá ser postada no próprio AVA, para correção do tutor.

Período para solicitação:  até 30/09 no Portal do aluno (área restrita). Menu Secretaria - Requerimentos - RDR AVA, selecione a disciplina que reprovou.


Att.

ARTIGO: História do Rio Tietê, por Ricardo Balsanelli - 3A - Licenciatura em História

HISTÓRIA DO RIO TIETÊ

por Ricardo Balsanelli

Chegada da primeira travessia a nado do Rio Tietê em 1924. Acervo do Clube Esperia

  
O Rio Tietê e a colonização do território brasileiro.
           
O objetivo do presente artigo é proporcionar aos alunos a reflexão sobre a importância do rio Tietê para a colonização do interior do território brasileiro, ampliando os limites da América Portuguesa. A proposta visa explorar as questões do passado que refletem nos dias atuais. Com a industrialização do século XX o Tietê foi prejudicado em proporções catastróficas, mas os governantes tiveram como objetivo principal o crescimento econômico acima de tudo, mostrando o descaso a céu aberto de quem transita principalmente pela sua marginal nos dias de hoje, na capital de São Paulo.

O nome Tietê vem da língua tupi, que significa água verdadeira ou rio verdadeiro, em uma ótica vultosa acerca de sua importância sendo o maior do planalto, sinuoso, com uma longa série de corredeiras e cachoeiras, e recebe um grande número de afluentes.

 É um tema pouco abordado no ensino escolar, e ao narrar sua trajetória, vamos perceber a riqueza de detalhes para a História e a Geografia, pois ele percorre todo o Estado de São Paulo indo até o Rio Paraná. Ao invés de descer a serra e desaguar no mar, o Tietê escolheu o caminho mais difícil – caminho este devido à topografia que configura o relevo onde ele está localizado, próximo a faixa litorânea – ao passar por São Paulo e fazer sua longa viagem para o interior do Estado com seus 1136 km de extensão. O Rio Tietê nasce cristalino na serra de Salesópolis a 1027 metros de altitude e “morre” em São Paulo por causa da poluição.

Mas como também é chamado de teimoso o rio revitaliza na altura de Cabreúva e fica limpo em Barra Bonita a aproximadamente 450 km da nascente e, dai por diante, o rio mostra pura beleza e alegria até a foz na cidade de Itapura, onde deságua no Rio Paraná, divisa com o Mato Grosso do Sul. Desde o inicio da colonização, o Tietê serviu como caminho para a penetração do território. Os portugueses e espanhóis que aqui navegaram por suas águas ou seguiram orientados por suas margens, os bandeirantes à procura de índios e metais preciosos, padres na catequese, comerciantes, autoridades e soldados.

A todos o grande rio serviu de alguma forma, além dos povoadores que partiam para tentar sua sorte nas minas, as frotas de comércio, também conhecidas como “monções”, deram especial relevo ao rio Tietê. Canoas com armas, escravos, vinho, azeite, sal e artigos manufaturados abasteciam os moradores de Cuiabá. As monções percorriam o curso até a foz, no atual Paraná, entravam por um de seus afluentes até chegar ao Rio Paraguai, de lá alcançavam o São Lourenço e, finalmente o Cuiabá.

Porém, os índios atacaram muitas de suas frotas que transitaram pela região e a partir do Século XVIII, o Tietê foi cenário de umas das maiores aventuras da história brasileira. Com a descoberta do ouro, em Cuiabá, Mato Grosso, ele se tornou parte do caminho fluvial das monções. As viagens duravam de quatro a seis meses, passando por diversos rios. As grandes embarcações – canoas, sobretudo indígena na sua maior variedade – eram conduzidas a remo, e expunham os viajantes a todo tipo de perigo e desconforto, como: corredeiras e saltos, naufrágios, epidemias de doenças e ataques de índios e animais.

Assim, apesar das dificuldades, o Tietê se transformou também no corredor que levava e trazia riquezas, que fazia surgir cidades e que tornou possível o povoamento do interior do Brasil. No século XX, o Rio Tietê era um lugar de lazer preferido dos paulistanos, piquenique, natação, pesca e esportes aquáticos. Às suas margens estabeleceram-se clubes de regatas, mas esses clubes não durariam muito, devido à poluição das águas. O então prefeito da cidade Francisco Prestes Maia, que preferiu implantar o “Plano de Avenidas”, projetando a construção de duas extensas avenidas marginais e de 20 pontes de concreto armado. A várzea do Tietê não foi mantida, fez-se a canalização, o rio sofreu com a instalação de empresas ao longo de suas margens.

Vale ressaltar que o processo de destruição da paisagem natural se baseou na ocupação do seu leito maior e no confinamento de suas águas em estreitos canais retificados. Sufocado com o progresso, ocupação territorial, demográfica e industrial sem controle. Os loteamentos se sucederam sem respeitar uma lógica ordenada da cidade, mas levando em consideração apenas os interesses econômicos. As atividades esportivas continuaram até a década de 1950, quando o Tietê transformou-se em esgoto a céu aberto na cidade de São Paulo.
 Hoje em dia, são despejadas diariamente cerca de 134 toneladas de lixo inorgânico em suas águas, e o índice de oxigênio é zero. O Rio Tietê volta a dar sinais de vida somente após a cidade de Salto. O rio fica limpo por causa da barragem de Barra Bonita que faz a decantação das impurezas e também por que muitos afluentes trazem água limpa nessa região. Deste modo, o tema proposto pretende trazer reflexões mais profundas e compreender a importância da temática para o estudo do recorte estabelecido. Trazendo o debate em sala para entendimento da dinâmica da história, destrinchando o conhecimento e trazendo a luz os esclarecimentos a um determinado assunto.

ANEXO: Fotos e documentos - História do rio Tietê - Clique Aqui

Referências Bibliográficas


http://www.aprenda450anos.com.br - São Paulo 450 anos - de Vila a Metrópole – acesso em 14/10/2013

http://www.clubedecicloturismo.com.br – Ciclo Turismo pelo Rio Tietê – acesso em 15/10/2013

http://www.daee.sp.gov.br – DAEE – Porta do Departamento de Águas e Energia Elétrica – acesso em 15/10/2013



Tietê - Água Verdadeira (Memorial do Rio Tietê - Salto/SP)
Publicado em 22/09/2012

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