Dicas de Estudo




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Trocando em miúdos!

O que seu professor quer quando pede uma Resenha crítica, Síntese/Resumo ou Fichamento?

Ele quer ter certeza que você leu os textos indicados!

Resenha Crítica – Quando o professor quer que você leia uma obra completa, por esta obra ser considerada fundamental. Ele quer que você sintetize os pontos principais de cada capítulo da obra e faça seus próprios comentários sobre o que foi lido. Além de saber se você leu, ele quer saber “se você tem cérebro”, ou seja, ele também quer avaliar em que a leitura lhe fez pensar.

Habilidades e competências desenvolvidas: leitura e compreensão textual, produção textual, formulação de opinião própria.

Síntese ou Resumo – também pode ser solicitado para que você leia uma obra completa, mas normalmente se pede quando vários textos foram propostos à leitura. Ele quer favorecer que você crie uma visão de conjunto dos temas abordados, e que pratique não só a leitura, mas também a produção textual. Ele quer avaliar sua capacidade de se apropriar de diversas ideias e informações e sua capacidade de sintetizá-las em um texto próprio que articule tudo.

Habilidades e competências desenvolvidas: leitura e compreensão textual, produção textual, capacidade de síntese.

Fichamento – quando o professor quer que você retenha as ideias e informações, por autor, em separado. Ele quer que você pratique uma leitura bastante atenta e treine a capacidade de identificação das ideias e informações principais do autor, selecionando e transcrevendo para “fichas” ou folhas de fichário os trechos do texto que contém tais ideias e informações principais. Ele também quer que você pratique uma leitura típica de pesquisador, pois, uma vez o texto bem “fichado”, você não precisará reler o texto futuramente, já que  reteve as informações e ideias principais. Caso você queira escrever uma artigo, por exemplo, poderá citar de forma direta o autor “fichado”, uma vez que o fichamento de pesquisa transcreve os trechos ipsis litteris (cópia, nas mesmas palavras), indicando ao topo da “ficha” a Referência Bibliográfica Completa (ABNT) e o número da página do trecho, tendo em vista que a indicação da número da página é uma exigência da ABNT para fazer a citação direta de um autor em textos acadêmicos. Pode ser escrito à mão ou digitado.

Habilidades e competências desenvolvidas: leitura e compreensão textual, identificação de informações e ideias principais, técnica de pesquisa acadêmica.

Exemplo de Fichamento:


Bons estudos!
Prof. Ms. Fábio Pires Gavião

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Isolamento, postura, “Google”, dicionários e abdominais do cérebro

A produção do conhecimento acadêmico no campo das humanidades resulta essencialmente em textos, em seus diversos formatos. Portanto, o aprendizado e proficiência na leitura e produção de textos que é esperado de um aspirante a professor, só podem ser adquiridos com o árduo trabalho de enfrentamento dos textos, repletos de palavras e conceitos antes desconhecidos. Ora, nada seria mais estranho que um estudante ingressasse no ensino superior e não se deparasse com nada de novo e desconhecido!

Para aqueles que ingressam no ensino superior, sem antes ter desenvolvido o hábito da leitura, esse hábito necessitará ser conquistado agora. A leitura é um exercício mental e corporal. Para uma boa leitura, é necessário o controle da mente (poder de concentração) e também o controle do corpo, ou seja, conseguir manter a postura da leitura. Quanto mais constante esse exercício, a qualidade da leitura e a capacidade de manter concentração e postura tenderão a aumentar, assim como qualquer tipo de exercício.

Há, entretanto, algumas dicas que podem ajudar nesse processo:

1 – Isolamento: se sua casa não oferece um espaço adequado de estudo (um quarto próprio, onde impere o silêncio), então, você deve procurar outro espaço onde você não seja incomodado (biblioteca da faculdade, por exemplo). Recomenda-se também desligar o celular, para não ser interrompido. Desconectar-se das redes sociais também vai ajudar. Evite fazer leituras “picadas”, sempre leia o texto de uma só vez, e se ele for longo, termine o tópico ou o capítulo que você iniciou, para que se possa ter a ideia completa do autor.

2 – Postura: você deve se acostumar a ler e escrever em postura adequada, em uma escrivaninha ou mesa, e evidentemente, à cadeira, com a coluna vertical ereta. Leitura de cabeceira ou ao sofá são leituras de entretenimento, ou para “chamar o sono”, e chama mesmo, você vai acabar dormindo. Prefira a TV para chamar o sono. Guloseimas energéticas como chocolate ou café podem ajudar o poder de concentração. Caso seu corpo comece a reclamar da postura (dores na coluna, nos ombros ou nuca, faça alongamentos e volte rapidamente à postura adequada de leitura e escrita. Estudantes iniciantes devem buscar a marca básica de 1 hora ininterrupta de leitura nessa postura. Você poderá se considerar em nível avançado se você atingir a respeitável marca de 4 horas com leves interrupção para atender às necessidades fisiológicas(idas ao banheiro).

4 – Google e dicionários: indispensáveis pelo resto da vida. Nunca perca uma palavra nova. Você pode ser sorteado para participar de um “QUIZ” televisivo, e tal palavra pode ser a palavra do um milhão, que ninguém gostaria de perder, não é? E perde mesmo. Por vezes, uma palavra define sua compreensão ou não de uma questão ou sentença, e isto pode vir a definir sua pontuação em um concurso público, de forma que ao não pontuar 0,5, isso lhe colocaria dezenas ou centenas de posições abaixo na classificação geral. Pronto, perdeu o concurso, que ao longo dos anos, somados os salários mensais, poderia chegar ao valor de um milhão mesmo! Ai “bocó”, você não vai morrer pobre porque ficou com preguiça de ver o significado de uma palavra, vai?

    Em suma, seguindo as recomendações acima e treinando bastante, você certamente será reconhecido na sociedade como um legítimo “cérebro de tanquinho”, pois estudar é como fazer abdominais. No começo é difícil, fica dolorido, mas depois temos a recompensa! Para além, assim como os exercícios físicos, o estudo pode ser uma fonte de imenso prazer!

Bons estudos!
Prof. Ms. Fábio Pires Gavião

2 comentários:

  1. Nem sempre ler o texto e compreender quer dizer que concordamos com as ideias do autor, e quando colocamos nossa compreensão e nossas ideias em um resenha critica, isso não quer dizer que o professor irá aceita-la. Resumindo, não é o que eu compreendi e minhas colocações, mas as do professor e ponto. Como podemos despertar nossos pensamentos críticos se eles tem todos que estar ligados a forma de pensamento e vida do professor, não consigo verificar nenhuma evolução.

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  2. É verdade que existe certo coeficiente de subjetividade na avaliação de um professor, e nesse sentido, a relação professor-estudante necessita, como as demais ralações humanas, de compromisso e confiança. Entretanto, existem critérios mais objetivos de avaliação, que permitem ao professor avaliar de forma clara o desempenho de um estudante.

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